Pavê Napolitano de Travessa: a sobremesa “três em um” que some da geladeira antes mesmo de firmar
Tem sobremesa que chega chegando, né? O Pavê Napolitano é exatamente assim: ele entra na mesa com aquele ar de “fui feito pra aplausos”, porque entrega três sabores clássicos numa travessa só. É morango, baunilha e chocolate se encontrando em camadas cremosas, com biscoito no meio pra dar estrutura e aquele acabamento caprichado que faz qualquer visita perguntar: “Foi você mesma que fez?”
E o melhor é que esse pavê tem cara de confeitaria, mas alma de receita caseira esperta. Sabe aquela sobremesa que resolve o almoço de domingo, brilha no aniversário e ainda salva a vida quando bate vontade de doce à noite? Pois é. Então vem comigo, separa a travessa bonita e prepara o coração: hoje a gente vai montar um Pavê Napolitano que dá orgulho até de abrir a geladeira só pra admirar.

Ingredientes do Pavê Napolitano
A ideia aqui é simples: um creme base bem gostoso que vira três sabores. Assim você economiza tempo, louça e ainda fica com as camadas bem equilibradas.
Para o creme base (que vira os 3 sabores)
- 1 lata de leite condensado (395 g)
- 600 ml de leite (aproximadamente 2 e 1/2 xícaras)
- 3 colheres (sopa) de amido de milho
- 1 colher (sopa) de manteiga
- 1 caixinha de creme de leite (200 g)
- 1 colher (chá) de essência de baunilha (opcional, mas ajuda muito)
Para transformar em napolitano (3 sabores)
- 3 colheres (sopa) de chocolate em pó (ou cacau 50% se preferir menos doce)
- 1/2 xícara de morangos picadinhos (mais alguns inteiros para decorar)
- 2 colheres (sopa) de achocolatado de morango ou 1/2 envelope de gelatina sabor morango (opção prática)
- 2 colheres (sopa) de leite em pó (opcional, dá gosto de “creme de sorveteria” na camada branca)
Para a montagem
- 2 pacotes de biscoito maisena (ou champagne, se você gosta mais “fino e molhadinho”)
- 1 xícara de leite para umedecer os biscoitos
- 1 colher (chá) de baunilha no leite (opcional)
Cobertura e finalização (a parte que dá o “uau”)
- 150 g de chocolate meio amargo
- 1/2 caixinha de creme de leite (100 g)
- Granulado de chocolate a gosto (ou raspas de chocolate)
Agora, antes da gente botar a mão no creme: separa uma panela média, um fouet (ou colher de pau, mas o fouet deixa mais lisinho), três tigelas para dividir os sabores, uma espátula, uma travessa de vidro e um prato fundo pro leite dos biscoitos. Tempo de preparo: cerca de 35 a 45 minutos (com calma e sem correria) + pelo menos 4 horas de geladeira. Se fizer de um dia pro outro, vira “sobremesa de respeito”.
Modo de preparo da receita
1) O segredo do pavê: um creme base bem lisinho
- Em uma panela ainda fora do fogo, dissolva o amido de milho em um pouco do leite (uns 100 ml). Mexe bem até ficar sem pelotinhas.
- Acrescente o restante do leite, o leite condensado e a manteiga.
- Leve ao fogo médio, mexendo sem parar. Aqui é aquela fase que parece que “não vai dar em nada”, mas dá sim.
- Quando começar a engrossar, abaixe o fogo e continue mexendo até virar um creme consistente e brilhante, tipo mingau bem cremoso.
- Desligue o fogo e misture a caixinha de creme de leite (isso deixa o creme mais leve e aveludado). Se for usar, coloque também a baunilha.
Dica de chef de cozinha que já salvou muito creme: se aparecer um gruminho teimoso, não entra em pânico. Passa o creme numa peneira ou dá uma batida rápida com mixer. Fica perfeito.
2) Dividindo o creme em três sabores (o “napolitano” acontecendo)
Agora vem a parte divertida: transformar um creme em três personalidades.
- Divida o creme ainda quente em três tigelas, tentando manter quantidades parecidas.
- Camada branca (baunilha): nessa tigela, misture o leite em pó (se usar). Ele dá um sabor bem “sorvete napolitano” e deixa a camada branca com cara de confeitaria.
- Camada chocolate: em outra tigela, misture o chocolate em pó. Mexa bem até incorporar e ficar bem uniforme. Se quiser mais intenso, use cacau 50% e ajuste com 1 colher de açúcar, se necessário.
- Camada morango: aqui você tem dois caminhos:
- Opção 1 (mais caseira e deliciosa): misture 2 colheres de achocolatado de morango e acrescente morangos picadinhos bem pequenos (sem excesso de líquido).
- Opção 2 (mais firme e “de festa”): dissolva 1/2 envelope de gelatina de morango em 3 colheres (sopa) de água quente e misture nessa parte do creme. Essa versão firma mais e dá uma cor linda.
Importante: cubra as tigelas com plástico-filme encostando no creme, pra não formar aquela película em cima.
3) Montagem da travessa (a parte que faz a gente se sentir confeiteira)
- Misture o leite do umedecimento com baunilha (opcional).
- Umedeça os biscoitos rapidamente, um por um. É “mergulhou e tirou”. Se encharcar, o pavê fica molenga.
- Faça uma camada de biscoitos no fundo da travessa.
- Espalhe a camada de creme de morango por cima, alisando com a espátula.
- Faça outra camada de biscoitos umedecidos.
- Agora entra a camada branca (baunilha). Alise com carinho, porque ela é o “respiro” do pavê.
- Mais uma camada de biscoitos.
- Finalize com a camada de chocolate por cima, bem lisinha e bonita.
Se sua travessa for mais alta, dá para repetir as camadas e fazer um pavê “arranha-céu”. Só respeita a ordem pra ficar com aquele visual napolitano bem marcado quando cortar.
4) Cobertura ganache e finalização (o acabamento que rouba a cena)
- Derreta o chocolate meio amargo (micro-ondas de 30 em 30 segundos, mexendo, ou em banho-maria).
- Misture o creme de leite até virar uma ganache brilhante.
- Espalhe por cima do pavê, como se fosse uma tampa de chocolate.
- Cubra com granulado e decore com morangos inteiros (bem sequinhos) na hora de servir.
Leve à geladeira por pelo menos 4 horas. Se conseguir esperar até o dia seguinte, ele corta lindo, em fatias que parecem sobremesa de vitrine.
E agora, deixa eu te contar: toda vez que eu faço esse pavê, acontece a mesma cena. Alguém abre a geladeira “só pra beber água” e fecha a porta com um olhar culpado. Aí passa mais um tempo, abre de novo “só pra ver se firmou” e eu já sei: firmou foi a intenção de atacar antes da hora. Te juro, Pavê Napolitano tem um poder estranho de hipnotizar. É como se as camadas chamassem: “só uma colherzinha, vai”. E quando você vê, a travessa já está com aquele buraco estratégico no canto, como se alguém tivesse feito uma obra de escavação.
Eu acho que é porque ele tem um efeito emocional também. Morango lembra festa, baunilha lembra infância, chocolate lembra conforto. Aí pronto: é sobremesa e terapia no mesmo refratário.
Versão saudável da receita
Dá sim pra deixar mais leve sem perder a graça. Não fica idêntico ao tradicional (porque, né, o tradicional é aquele abraço doce), mas fica delicioso e com uma sensação mais “limpa” no final.
Ingredientes da versão saudável
Creme base
- 600 ml de leite (pode ser desnatado ou vegetal, como aveia)
- 3 colheres (sopa) de amido de milho
- 3 a 5 colheres (sopa) de açúcar demerara ou xilitol (ajuste ao seu paladar)
- 1 colher (chá) de baunilha
- 200 g de iogurte natural (no lugar do creme de leite, para dar cremosidade)
Sabores
- Chocolate: 2 colheres (sopa) de cacau 100% + 1 colher (sopa) de mel ou adoçante culinário
- Morango: morangos amassados + 1 colher (sopa) de chia (ajuda a engrossar)
- Baunilha: 1 a 2 colheres (sopa) de leite em pó desnatado (opcional)
Montagem
- Biscoito integral sem açúcar ou camadas finas de bolo de aveia
- Leite vegetal para umedecer
Como fica diferente?
- O cacau 100% deixa o chocolate mais intenso e menos doce. É um sabor mais adulto, sabe?
- A chia com morango dá uma textura de “geleia rápida”, sem precisar muita adição de açúcar.
- O iogurte traz leveza e um azedinho discreto que combina muito com a camada de morango.
Mesmo na versão saudável, meu conselho é: deixa gelar bem. Pavê gosta de geladeira como planta gosta de sol.
Como ganhar dinheiro com essa receita
Agora vamos falar da parte que eu adoro: transformar uma travessa bonita em renda extra. Pavê Napolitano vende muito bem porque é visual, conhecido e agrada públicos diferentes. E como ele tem três sabores, a pessoa sente que está levando “mais sobremesa” na mesma compra.
Formatos que mais vendem
- Travessa P, M e G: perfeito para famílias e festas.
- Taças individuais (200 a 250 ml): ótima margem de lucro e apresentação premium.
- Pote sobremesa (120 a 150 ml): ideal para venda rápida em escritório, salão, academia e encomendas de última hora.
Dicas práticas para lucrar mais
- Padronize as camadas: use um saco de confeitar ou uma concha medidora para colocar sempre a mesma quantidade. Isso melhora o visual e controla custo.
- Capriche na cobertura: ganache e granulado já dão cara de produto profissional. Um morango em cima aumenta o valor percebido na hora.
- Ofereça variações no cardápio:
- Napolitano tradicional
- Napolitano “chocolate intenso” (com cacau e meio amargo)
- Napolitano com frutas (morango e banana, por exemplo)
- Monte um kit festa: mini taças + colher + etiqueta personalizada. Isso vende como água em aniversário e confraternização.
Precificação sem sofrimento
- Faça uma planilha simples com custo de ingredientes + embalagem.
- Some também gás/energia e uma porcentagem para perdas (morangos variam muito).
- Trabalhe com margem de 30% a 60% dependendo do seu público e do capricho na apresentação.
- Para taças, normalmente dá mais lucro do que travessa, porque a pessoa paga pelo visual e pela praticidade.
Divulgação que funciona de verdade
- Foto com luz natural, mostrando as camadas. Pavê napolitano vende com os olhos.
- Vídeo curtinho cortando uma porção, pra aparecer o “tricolor” da sobremesa.
- Venda por encomenda com datas fixas (por exemplo: entregas às sextas e sábados). Isso organiza sua rotina e melhora produção.
Sugestões de acompanhamento e ocasiões ideais para servir
Se você quer deixar a mesa completa, serve esse pavê com:
- Café passado na hora (combina especialmente com a camada de chocolate)
- Chá de frutas vermelhas (fica lindo com a camada de morango)
- Uma bola de sorvete de creme (aí vira festa dentro do prato)
Ocasiões em que ele brilha:
- Almoço de domingo em família
- Aniversários e confraternizações
- Natal e Ano Novo (porque ele é bonito e rende bem)
- Jantar com amigos, servido em taças individuais como “sobremesa de restaurante”
Conclusão
O Pavê Napolitano é aquela sobremesa que resolve tudo: fácil de fazer, linda de ver e impossível de comer só uma vez. As camadas trazem sabor e nostalgia, e a travessa vira o centro das atenções sem você precisar passar o dia inteiro na cozinha.
No fim, é isso que eu amo em cozinhar: juntar gente, criar memória e adoçar a vida com uma receita simples que parece grandiosa. Faz aí, coloca pra gelar e depois me conta: na sua casa, o primeiro ataque à travessa acontece com quantas horas de geladeira?
